Inicia a mobilização para o Projeto mais água


O Centro de Desenvolvimento Socioambiental Barriguda reuniu, na sede do Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR) do Município de Palmeiras (BA), diversas lideranças e parceiros institucionais. O Encontro, que objetivou discutir a execução do Projeto “Mais água”, discutiu os primeiros passos do trabalho social que a organização começa a viabilizar nos Territórios da Chapada diamantina e Vale do Jequiriçá, na Bahia.

Além de sócios do próprio STR, o encontro reuniu representantes das associações de agricultores familiares, lideranças religiosas, e representantes da sociedade civil e poder público, para debater aspectos da atuação do Centro Barriguda para conduzir esse projeto que implementará, até junho de 2014, 751 tecnologias sociais de captação e uso da água da chuva para a convivência com o Semiárido. Dentre as quais pode-se destacar  as cisternas de produção, os barreiros trincheira e os quintais produtivos...

Segundo a Coordenação do Centro, um aspecto importante do Projeto, será o fato de que a chegada dessas tecnologias é sempre acompanhada por um elaborado processo de mobilização, seleção e capacitação dos beneficiários. Ao todo serão 885 famílias (cerca de 1770 pessoas) mobilizadas e capacitadas em convivência com o Semiárido, gerenciamento de água para produção, segurança alimentar e nutricional, além da capacitação em produção agroecológica.

Para o Coordenador do Centro Barriguda, Gutierres Gaspar, a participação da sociedade civil e poder público na implementação do projeto fortalece ainda mais o controle social das políticas públicas. “A Barriguda, que é entidade filiada à ASA, tem se preocupado em articular a sociedade civil e poder público com o objetivo de definir comunidades e famílias seguindo os critérios definidos pelos nossos parceiros e  financiadores”, afirmou Gaspar.

Após as reuniões de mobilização / sensibilização a equipe técnica da Barriguda iniciará as outras etapas do projeto que, além das construções das tecnologias, prevê a realização de 4425 visitas técnicas ás famílias a realização de quatro grandes intercâmbios de experiência.

A expectativa é que, ao final do Projeto, a barriguda atinja sua missão de ajudar a promover o desenvolvimento econômico, social, cultural e ambiental em bases sustentáveis das área onde atua...

ONGs defendem reservatórios de alvenaria


Até setembro de 2011, quando o Ministério da Integração Nacional decidiu adquirir reservatórios de polietileno para o semiárido brasileiro, todas as cisternas construídas no Brasil eram de placa (alvenaria). Os recursos para a fabricação dos equipamentos de concreto eram repassados pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) para a Articulação do Semiárido Brasileiro (ASA) - entidade que congrega mais de 750 organizações civis do País. Em 2003, a ASA lançou o projeto “Um milhão de cisternas”. A meta era atingir o número que dá nome ao projeto em cinco anos. Mas, passados nove anos do lançamento, apenas 50% do total foi alcançado. E foi utilizando o argumento do atraso que o Governo Federal decidiu adotar as cisternas de polietileno em vez das de cimento.

A decisão gerou reações em algumas cidades do Nordeste. Em fevereiro de 2012, produtores rurais de Crateús (CE) foram às ruas pedir o fim da instalação das cisternas de polietileno. Em Petrolina (PE), um grande protesto parou a ponte que liga a cidade pernambucana a Juazeiro (BA). O ato reuniu, em dezembro de 2011, mais de dez mil pessoas, que também pediram o fim da compra de cisternas de plástico. A pressão da população, com o apoio da ASA, fez o Governo Federal voltar atrás e investir novamente, porém em menor quantidade, nas cisternas de concreto. A ASA continua recebendo recursos do MDS para construir cisternas de placa, mas perdeu a exclusividade e diversas áreas de atuação, que agora são definidas pelo Governo. Em Pernambuco, o ASA está atualmente nas cidades de Venturosa, Orobó, Afogados da Ingazeira, Santa Filomena, Serra Talhada.

A coordenadora executiva da ASA em Pernambuco, Neilda Pereira, explica que a celeridade do programa depende dos repasses de recursos do Governo Federal. Na defesa dos reservatórios de placa, ela diz que, além de custar a metade do preço da cisterna de polietileno (R$ 2.500 contra R$ 5.090), o modelo é mais resistente e movimenta a economia local, já que o material de construção é adquirido através de pregões junto às lojas dos municípios beneficiados e as pessoas contratadas para construí-las residem nas próprias localidades. "O projeto envolve toda a comunidade e a qualidade da cisterna pode ser comprovada, diferentemente das de polietileno. Existem cisternas com mais de 35 anos, construídas pela Igreja Católica em cidades do Sertão pernambucano, que nunca apresentaram problema", argumenta.

Giovanni Xenofonte, diretor do Centro de Assessoria e Apoio aos Trabalhadores e Instituições Não-Governamentais Alternativas (Caatinga), que atua em 11 municípios do Sertão do Araripe de Pernambuco e tem como um dos parceiros a ASA, também critica as cisternas de polietileno."O grande diferencial do projeto da ASA é o seu poder de mobilização social, onde as pessoas entendem que ter água é um direito de todos. É por isso que as cisternas de placa incomodam muita gente. Eu encaro a cisterna de plástico como mais uma arma da indústria da seca, onde poucos lucram com a miséria", afirma Xenofonte. Levando em conta os custos das duas cisternas, ele lembra que, enquanto as 300 mil cisternas de polietileno custarão R$ 1,5 bilhão aos cofres públicos, esse valor seria de R$ 750 milhões se a tecnologia fosse a de placas.

O diretor do programa Água para Todos do Ministério da Integração Nacional, Sérgio Duarte, afirma que, apesar de mais caras, as cisternas de plástico são mais duráveis (segundo ele possuem 35 anos de garantia) e asseguram melhor qualidade da água, já que são impermeáveis, sem risco de vazamento ou contaminação, e já são usadas em diversos países.

Em relação às críticas de que os recursos investidos nos reservatórios de polietileno são concentrados apenas para o fabricante (Dalka) e as empresas contratadas para a instalação - enquanto o dinheiro usado para a construção das de placa movimenta a economia dos municípios beneficiados -, Sérgio Duarte argumentou que as quatro fábricas construídas pela Dalka continuarão funcionando após a conclusão do programa. "As empresas irão trabalhar exclusivamente com produtos de polietileno, garantindo emprego nas cidades", disse.

Licitação - E se a licitação para aquisição de mais 300 mil cisternas, que já está andamento, não for vencida pela mexicana Dalka, a nova empresa também terá que construir fábricas de polietileno no Nordeste? Será que isso pode atrasar novamente o serviço? A resposta do diretor do Água para todos, Sérgio Duarte, foi a seguinte: "Precisamos aguardar o resultado para depois pensarmos nisso".

Durante entrevista ao NE10, o engenheiro da Codevasf-Pernambuco Leonardo Cruz explicou que, após receber as listas de beneficiados dos comitês formados pelas associações e sindicatos de trabalhadores dos municípios, a equipe da Codevasf vai a campo visitar as casas para conferir se as famílias atendem aos requisitos. Em Pernambuco, a Codevasf conta com apenas 15 técnicos para visitar todas as casas. "Inicialmente imaginamos que esse número seria suficiente, mas hoje (após um ano do início do programa e cinco meses de atraso) percebemos que não é. A Codevasf já está providenciando a contratação de novos funcionários", disse, prevendo a contratação para até o final de fevereiro.

Publicado Originalmente em: http://especiais.ne10.uol.com.br

Barriguda abre seleção para o Projeto Mais Água


A Barriguda – Centro de Desenvolvimento Socioambiental, tornou público, nessa segunda-feira (05) seu Edital para o processo de seleção e contratação de profissionais de nível médio e superior do Projeto Mais Água: Captação de Água de Chuva para produção no Semiárido baiano”. 

O projeto faz parte do programa Água para Todos do Governo do Estado da Bahia e visa contribuir para a melhoria das condições produtivas e de vida de 1.442 (Mil quatrocentas e quarenta e duas) famílias no semiárido baiano, através da captação, armazenamento e utilização sustentável da água da chuva, visando a segurança alimentar e a ampliação das possibilidades de renda das famílias. 

A seleção estará aberta até o próximo dia 16 de novembro e escolherá profissionais para os cargos de Coordenador Técnico, Gerente Administrativo, Comunicador popular, Auxiliar Administrativo, Técnicos de Campo (animadores). 

Os interessados deverão enviar currículos em envelope lacrado (com indicação do cargo pretendido) no endereço da Barriguda, situado à Rua Aurélio José Marques, 71, Segundo Andar, Sala 202, Centro – Irecê – Ba,  das 09 hs às 12 hs, ou através do correio eletrônico da Barriguda: centrobarriguda@gmail.com. 

Leia o Edital na íntegra

Novo Site do EnconASA é lançado

Por Gleiceani Nogueira* e Helen Borborema**

O site do VIII Encontro Nacional da ASA (EnconASA) foi lançado oficialmente durante o Encontro Estadual da ASA Minas, realizado na semana passada, em Januária. A exibição da página (www.oitavoenconasa.org.brfoi feita durante a apresentação das estratégias de comunicação que serão adotadas para o evento.

Em seu conteúdo encontram-se informações sobre Januária, programação, objetivos e textos preparatórios que vão ajudar os estados a refletirem sobre a conjuntura atual e sobre o Semiárido mineiro, território que sediará o encontro. No site também é possível baixar a logomarca do evento, que poderá ser utilizada pelas entidades da ASA e parceiros em suas páginas na internet.

O site também disponibiliza um resumo das 21 iniciativas de convivência com o Semiárido que serão visitadas durante o EnconASA. Além disso, existe um espaço de atendimento à imprensa onde estarão disponíveis sugestões de pauta e notas sobre o evento para os profissionais de veículos de comunicação (jornal, rádio, internet, revista e TV) de todo o país.

Na seção “Rádio EnconASA”, os arquivos também estão disponíveis para download. Essa opção foi criada para que as entidades e as rádios possam divulgar as informações do encontro em seus respectivos canais de informação. O site também possui interação com as redes sociais Facebook, Twitter e Yotube

Através dessa ferramenta de comunicação, a expectativa é que o VIII EnconASA atravesse as fronteiras das terras mineiras, das barrancas do Velho Chico, e de todo o Semiárido brasileiro para anunciar ao mundo o Semiárido rico e forte que foi tecido pela natureza e construído pelos homens e mulheres desta terra.

O VIII EnconASA será realizado de 19 a 23 de novembro com o tema: Convivência com o Semiárido Brasileiro - Trajetórias de Luta e Resistência para a Superação da Pobreza e a Construção da Cidadania. O evento vai reunir cerca 600 pessoas, que terão um papel fundamental na redefinição de estratégias e rumos da ASA para os próximos anos.
 
Conheça o site: www.oitavoenconasa.org.br 
*Asacom
**Comunicadora popular da ASA Minas

 
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